Quinta-feira, 28 de Março de 2024
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Da República Nova à Gripe Espanhola: o Armistício e os Açores

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Portugal

Chamada para trabalhos, História

Da República Nova à Gripe Espanhola: o Armistício e os Açores
II Congresso Internacional

18 a 20 de Outubro – Teatro Faialense (Horta, Faial)
15 a 17 de Novembro – Museu Militar dos Açores (Ponta Delgada, São Miguel)

 

Militar e académico de formação científica, Sidónio Pais morreu a 14 de Dezembro de 1918, assassinado em Lisboa. Com uma carreira política republicana em que ocuparia sucessivamente os cargos de deputado, senador, ministro e embaixador, regressaria a Portugal quando já se adivinhava a Primeira Guerra Mundial. Seria colocado no poder pela conspiração que instaurou a “República Nova” (1917-18), chefiando uma confederação de republicanos descontentes, monárquicos, clericais e anti-guerristas. Legitimou a presidência com recurso a eleições, exercendo um poder misto de autoritarismo e de populismo. O seu homicídio deixou o país em grande instabilidade política, económica e social, quando recuperava do rude golpe do influenza A, a infame “gripe” do século XX que matou pelo menos 40 milhões de pessoas, e aguardava o regresso dos soldados, traumatizados, mutilados e mortos portugueses nos campos da Flandes, Angola e Moçambique.

Nos Açores, 1918 foi marcado pela guerra no mar, Gripe Espanhola; o Azores Detachment of the U.S. Atlantic Fleet e o Alto-comissário da República, General Simas Machado, enviado pelo Presidente da República para tutelar as áreas civis, militares e diplomáticas no arquipélago. A esse cenário juntou-se a guerra no mar, caso do Augusto de Castilho; cabos submarinos, e a comunicação do Armistício à América do Norte; um Depósito de Concentrados Alemães na ilha terceira e uma profunda crise de importações e exportações, mão-de-obra e muita miséria social, promovida em muitos casos pela acção de açambarcadores.

Este encontro visa analisar o último ano da I Guerra Mundial, com particular ênfase nos Açores na sua relação com o Atlântico, beligerância, crise económica, comunicações e portos atlânticos, a que se junta a política nacional e internacional seja pelo Sidonismo, presença americana ou passagem de Franklin Delano Roosevelt pelo arquipélago. Da mesma forma, 1918 também marca um ano de profunda reflexão do ponto de vista higiénico-sanitário, sendo mesmo um ponto de partida para o estudo de traumas de guerra ou ciências morfo-funcionais/engenharia biomédica, a que se poderá aliar a relevância para o activismo feminino, com ecos nos Açores.

A comissão organizadora apela ao envio de propostas que abordem, mas não se limitem, às seguintes temáticas:

  • A dimensão marítima, aérea e terrestre do envolvimento dos Açores na I Guerra Mundial;
  • A guerra naval e submarina;
  • O Atlântico e as telecomunicações durante a Grande Guerra;
  • As ligações marítimas na Guerra das Trincheiras, ou nas colónias;
  • O Sidonismo e o Alto-Comissário da República para os Açores;
  • Serviços de Saúde, condições de salubridade e a Gripe espanhola;
  • O Armistício e o regresso à normalidade;
  • A Emancipação feminina.

 

Envio de propostas: 7 de Maio a 17 de Julho de 2018

Por favor envie a sua identificação (nome, filiação institucional e endereço de email), o título da comunicação, local de preferência (Horta/Ponta Delgada), resumo (máximo 700 palavras) e CV (1 página) para o seguinte correio electrónico: azoreswar@gmail.com

Línguas de trabalho: Português e Inglês (não haverá interpretação simultânea)

 

📄  Chamada para trabalhos (PDF)
📄  Call for papers (PDF)

 

Organização:

Ana Paula Pires (IHC – NOVA FCSH e Universidade de Stanford)
Rita Nunes (Comité Olímpico de Portugal e IHC – NOVA FCSH)
Sérgio Rezendes (IHC – NOVA FCSH)
Manuel Marchã (Museu Militar dos Açores)
Carlos Lobão (Escola Secundária Manuel de Arriaga /CHAM Açores)

Comissão Científica

António Paulo Duarte (IDN e IHC – NOVA FCSH)
Carolina Garcìa Sanz (Universidade de Sevilha)
Filipe Ribeiro de Meneses (Universidade de Maynooth)
Luís Manuel Vieira de Andrade (Universidade dos Açores)
Maria Inès Tato (CONICET e Universidade de Buenos Aires)

Comissão de Honra

José Leonardo Goulart da Silva, Presidente da Câmara Municipal da Horta
José Manuel Bolieiro, Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada
João Luís Gaspar, Reitor da Universidade dos Açores
Jason Chue, Cônsul dos Estados Unidos da América em Ponta Delgada
Valentim José Pires Antunes Rodrigues, Comandante da Zona Marítima dos Açores
José Luís de Sousa Dias Gonçalves, Comandante da Zona Militar dos Açores
Armando José Soares da Costa, Comandante Territorial dos Açores da Guarda Nacional Republicana
Manuel da Cruz Marques, Presidente do Núcleo de Ponta Delgada da Liga dos Combatentes

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