Sexta-feira, 19 de Abril de 2024
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Colóquio "Mulheres: Resistências quotidianas, clandestinidade e luta armada"

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Portugal

Antropologia, Chamada para trabalhos, Ciências Sociais, Estudos Feministas, Género, Política

O Instituto de História Contemporânea (IHC) da Universidade Nova de Lisboa e o Museu do Aljube organizam o Colóquio "Mulheres: Resistências quotidianas, clandestinidade e luta armada" entre 24 e 26 de Novembro, em Lisboa. O objetivo do encontro é promover uma abordagem interdisciplinar sobre o papel das mulheres em movimentos de resistência e oposição ou durante conflitos armados. Os pesquisadores interessados no tema podem enviar trabalhos escritos individuais até 15 de setembro.

Durante muito tempo as mulheres foram as grandes ausentes das narrativas da História. Como referem James Fentress e Chris Wickham, «O problema essencial de quem quiser identificar uma visão nitidamente feminina do passado é a hegemonia: a de uma ideologia dominante e de uma dominação sobre a narração, expressa na relação homem-mulher.»

A situação tem vindo a alterar-se e as ciências sociais, a par do movimento feminista interromperam esse silêncio imposto. Se, tal como Michelle Perrot refere, agir no espaço público nunca foi fácil para as mulheres, por hábito condenadas à esfera do privado, a realidade é que desde sempre o fizeram, umas vezes apoiando-se nos seus papéis tradicionais, outras rompendo as barreiras do género.

Numa época na qual, fruto da conjuntura política internacional, as testemunhas da violência dos detentores da hegemonia são cada vez mais identificadas com o papel de vítimas e em que as memórias dos resistentes são cada vez mais secundarizadas e apagadas em nome de um suposto apaziguamento social, este colóquio pretende promover uma abordagem interdisciplinar sobre o papel das mulheres em movimentos de resistência e oposição ou durante conflitos armados, pretendendo-se uma reflexão que as considere enquanto verdadeiros sujeitos da História, que as resgate do ostracismo e da secundarização a que tendem a ser votadas.

Definem-se assim algumas temáticas a abordar:

- Resistências quotidianas
- Clandestinidade política
- Luta armada
- Redes de apoio e solidariedade e reportórios de protesto
- Experiências de prisão e tortura
- Feminismos
- Memória e género
- Movimentos de recuperação da memória
- Mulheres enquanto símbolos de resistência em diferentes expressões artísticas
- Mulheres enquanto produtoras de obras sobre a luta quotidiana, a resistência e a luta armada.

Os trabalhos individuais, que incidam sobre qualquer um destes eixos temáticos e linhas de investigação devem ser enviados para mulhereseresistencia@gmail.com.

Mais informações na página do IHC.

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