Quinta-feira, 28 de Março de 2024
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Amílcar Cabral: O “Combatente Anónimo” pelos Direitos Fundamentais da Humanidade

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Portugal

Chamada para trabalhos, Ciências Humanas, História

Conferência Internacional
Amílcar Cabral: O “Combatente Anónimo” pelos Direitos Fundamentais da Humanidade
Lisboa, Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, Portugal 
1-2 de Março de 2018

Call for Papers

Num discurso pronunciado na Organização das Nações Unidas (ONU) em 1971, Amílcar Cabral apresentou-se como um “combatente anónimo” que lutava pelos direitos fundamentais das populações da Guiné e de Cabo Verde, assim como de toda a humanidade. Tal posicionamento não foi circunstancial, pois Cabral assumiu a condição de “combatente anónimo” pela humanidade em inúmeras outras ocasiões, afirmando bater-se pela dignidade, pelo progresso e pela felicidade humana.

Em resultado da projeção internacional que alcançou, Amílcar Cabral teve relevância não somente para as histórias nacionais da Guiné-Bissau e de Cabo Verde. A sua figura ultrapassou a dimensão africana, como demonstrado pela sessão de homenagem realizada pela ONU aquando do seu assassinato, em que o seu carisma foi destacado por inúmeros intervenientes. Neste sentido, torna-se pertinente refletir no modo como o seu percurso se desenvolveu através da interação entre a agenda política interna (de índole anticolonial e emancipatório) e a constituição de redes de apoios e de contatos com atores internacionais, mobilizados a partir dos mais diversos quadrantes geográficos, políticos e ideológicos. Aliás, a metabiografia de Cabral não pode nunca perder de vista a cumplicidade desta relação, sob pena de não se apreender com a devida justeza a heterogeneidade dos seus modos de criar agenciamentos políticos. Tratar-se, pois, de pensar a sua figura como multifacetada, tendo dinamizado uma multiplicidade prolífica de tópicos políticos, teóricos (por vezes polémicos), culturais, académicos e sociais.

A popularização da expressão Cabral ka Morrê (Cabral não Morreu) evidencia a persistência do seu legado, constatando-se atualmente um aumento dos estudos que lhe são dedicados em diversas disciplinas e em diferentes realidades geográficas. De forma a promover o diálogo entre os estudos mais recentes que exploram as suas inúmeras facetas, pretende-se organizar uma conferência internacional, que terá lugar em Lisboa, no Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, entre 1-2 de Março de 2018.

A conferência tem como objetivo reunir académicos que estudam a obra de Cabral, instituições que se dedicam à preservação da sua memória e individualidades que com ele privaram. 

Aceitam-se propostas para apresentações de 20 minutos sobre estes e/ou outros temas: 

  • Amílcar Cabral enquanto objeto de estudos académicos; 
  • A sua produção teórica; 
  • A interação entre a sua produção teórica e a de outros autores; 
  • A sua produção literária; 
  • O seu envolvimento na luta contra o colonialismo português; 
  • O âmbito internacional da sua atuação política;
  • A mitificação da sua figura enquanto herói nacional; 
  • Os testemunhos e narrativas que lhe são dedicados;
  • Os usos atribuídos à sua imagem e memória.

Os resumos das apresentações (200 palavras), acompanhados por notas biográficas (250 palavras), devem ser enviados para: amilcarcabralconference@gmail.com

Prazo para a submissão dos resumos: 15 de Novembro de 2017

Data para a notificação da aceitação das propostas: 15 de Dezembro de 2017.  

Prevê-se a publicação das comunicações apresentadas na conferência. 


Organização 

Aurora Almada e Santos (IHC-FCSH/NOVA)
Victor Barros (CEIS 20-UC)


Comissão Científica 

Ângela Coutinho (IPRI-FCSH/NOVA)
António Correia e Silva (DCSH/UNI-CV)
Julião Soares Sousa (CEIS 20-UC; IHC-FCSH/NOVA)
Natalia Telepneva (Warwick University)

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