Sábado, 20 de Abril de 2024
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Amerindianidades no Brasil e no Quebec: Arte, literatura, patrimônio

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: França

Antropologia, Arte, Chamada para trabalhos, Ciências Humanas e Sociais, Género, Literatura, Património

O colóquio Amerindianidades no Brasil e no Quebec: Arte, literatura, patrimônio: as armas de uma reconquista acontece nos dias 9 e 10 de novembro de 2017, na Universidade de Sorbonne Nouvelle-Paris 3. O evento tem por objetivo estimular uma reflexão sobre o papel reservado à literatura, à arte e ao patrimônio na preservação e transmissão das culturas ameaçadas dos povos tradicionais autóctones e ameríndios do Quebec e do Brasil, considerando, conforme declara Daniel Chartier, que “algo em suas diferenças os aproxima”. Os investigadores interessados em participar com comunicações têm até 15 de julho para enviar resumos. Os trabalhos devem estar escritos em Português ou Francês.

De que modo essas expressões artísticas participam da conquista de um espaço simbólico capaz de modificar o olhar da sociedade não-autóctone sobre os povos tradicionais? De que forma essas expressões incorporam e testemunham as mutações culturais originadas pelo contato com as sociedades alóctones, marcadas pela diversidade e pela mobilidade? De que forma elas se inscrevem na modernidade, a partir das suas linguagens e dos seus valores?

Nas duas áreas geográficas e culturais definidas, Brasil e Quebec, assistimos a uma afirmação das vozes autóctones construídas por uma tomada de consciência identitária ligada às problemáticas do território. Os trabalhos de pesquisadores como Graça Graúna, Rita Olivieri-Godet, Daniel Chartier, Jean-François Côté, Simon Harel procuram analisar um fenômeno considerado como emergente (Brasil) ou ressurgente (Quebec). Os estudos literários, culturais e sociológicos renovam a aproximação de uma problemática até agora observada quase que exclusivamente sob o ponto de vista da antropologia. Nossas pesquisas se desenvolveram em torno de quatro eixos:

  • Aspectos temáticos e formais das obras literárias de autores autóctones e ameríndios, salientando a importância das vozes femininas;
  • Emergência de um setor editorial de origem autóctone; desenvolvimento de uma produção específica (material didático ou criações ficcionais) oriundas das próprias comunidades;
  • Outras formas de expressão artística, ligadas à modernidade, implicando o uso de mídias, tais como o cinema, a fotografia, as artes plásticas que participam igualmente dessa ressurgência cultural;
  • Emergência de vozes que se inscrevem deliberadamente dentro de um processo de resistência, de reivindicação identitária e de reapropriação cultural, acompanhando-se de um movimento de patrimonialização, que poderia ser estudado por meio de um estudo de caso.

Reunindo pesquisadores de diferentes áreas culturais, o colóquio procura identificar problemáticas comuns, esclarecê-las e, eventualmente, salientar diferenças significativas. Além disso, busca criar a oportunidade de consolidar as parcerias estabelecidas no decorrer dos anos graças às nossas participações nos congressos da Associação Francófona pelo Saber (ACFAS) e trazer uma contribuição ativa à formalização, que chamamos de nossos votos, de uma rede internacional integrando uma reflexão sobre as orientações éticas de pesquisas voltadas para essas temáticas.

Mais informações no arquivo em anexo e na página sobre o colóquio Amerindianidades no Brasil e no Quebec: Arte, literatura, patrimônio: as armas de reconquista do Institut des Amériques.

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