Sábado, 04 de Maio de 2024
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A República no Pós-Guerra: os Açores, centralidade e comunicações no Atlântico Norte

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Chamada para trabalhos, História

III Congresso Internacional

A República no Pós-Guerra: os Açores, centralidade e comunicações no Atlântico Norte

Vila do Porto (Santa Maria), 18-20 Outubro

 

 

A Primeira República caracterizou-se genericamente pelo insucesso, dada a conjuntura desfavorável em que se desenvolveu, sendo a participação na I Guerra Mundial um dos pontos mais altos pela negativa. Apoiada por massas populares, fomentadoras de instabilidade social, o difícil contexto interno e externo impediu-a de melhores resultados, adivinhando-se o seu fim desde o governo democrático de Álvaro de Castro. O período de 1910 a 1926 caraterizou-se por uma luta partidária pelo poder que, uma vez alcançando, era novamente perdido por agitações políticas e sociais. As melhorias verificadas no país desde 1923, em grande parte resultantes da industrialização e alfabetização, não foram suficientes para contrariar o crescente descontentamento alimentado por parte de intelectuais; uma Igreja perseguida; um exército e funcionalismo público sem poder de compra; uma indústria oprimida por contribuições e um operariado insatisfeito por incumprimento das reivindicações. O Golpe de Estado de 28 de Maio de 1926 colocou fim a este regime democrático parlamentarista iniciando um novo ciclo que, apesar de manter a instabilidade política anterior, preparou o Estado Novo sob a direção de António de Oliveira Salazar, que vigorou sem interrupção até ao 25 de Abril de 1974.

Entre 1910 e 1974, os Açores foram profundamente marcados não só pela Autonomia como pela República e pela corrida tecnológica nas áreas das comunicações ou ligações marítimas e aéreas associadas à travessia do Atlântico. Intimamente associado, o arquipélago ganhou maior relevância enquanto elemento aglutinador da Civilização Ocidental, um conceito desenvolvido durante a I Guerra Mundial e que se tornou um projeto da Liga das Nações. Com destaque para as Guerras Mundiais, em que se instalaram nas ilhas bases aéreas e navais portuguesas, americanas e inglesas, os Açores acompanharam o desenvolvimento tecnológico ímpar dos anos 20 e 30 do século XX recebendo pioneiros da aviação americanos, alemães, ingleses, franceses, italianos e polacos, para além de portugueses. A passagem e estabelecimento do correio aéreo e de passageiros, por parte de Zeppelins ou companhias aéreas como a Lufthansa e a PAN-AM complementam o carácter geoestratégico dos Açores durante as primeiras quatro décadas do século XX, com repercussões durante as três décadas seguintes, já com dois aeroportos internacionais, entre outros com caraterísticas regionais. Do ponto de vista marítimo, os seus portos desenvolveram-se, mantendo-se associados ao domínio do Atlântico no período em análise e à passagem do fluxo migratório da Europa para a América do Norte num processo que, muito além da II Guerra Mundial, prolongou-se durante a Guerra Fria.

 

Chamada para trabalhos (descarregar PDF)

 

A comissão organizadora apela ao envio de propostas que abordem, mas não se limitem, às seguintes temáticas:

– A dimensão marítima e terrestre, nacional e regional, nas Guerras Mundiais e Guerra Fria;
– Portugal e os Açores na política internacional (1910 – 1974);
– Metamorfoses político-ideológicas da Autonomia e da República entre 1910 a 1974.
– O Atlântico e as telecomunicações;
– A guerra aérea, naval e submarina;
– Os primórdios e pioneiros da Aeronáutica em Portugal e no Atlântico;
– As infraestruturas de apoio: portos, aeródromos, hidroportos e aeroportos;
– A aeronáutica naval, militar, civil e Força Aérea Portuguesa (1952);

Envio de propostas: 05 de Junho de 2019 a 31 de Agosto de 2019.

Por favor envie a sua identificação (nome, filiação institucional e endereço de email), o título da comunicação, resumo (máximo 700 palavras) e cv (1 página) para o seguinte correio eletrónico:  azoreswar@gmail.com

Línguas de trabalho: Português e Inglês (não haverá interpretação simultânea).

Sobre o transporte aéreo: o Serviço de Encaminhamento interilhas não tem encargos para o utilizador, em viagens no interior da Região Autónoma dos Açores, com origem, ou destino, no Continente Português ou no Funchal, que pretendam utilizar nas suas deslocações qualquer das gateways da RAA, e a partir destas, chegar a qualquer outra ilha do arquipélago. Para mais informações, veja-se https://encaminhamentos.sata.pt/

 

Organização

Ana Paula Pires, Instituto de História Contemporânea — NOVA FCSH
Rita Nunes, Comité Olímpico de Portugal / Instituto de História Contemporânea — NOVA FCSH
Manuel Marchã, Museu Militar dos Açores

 

Comissão Científica

Carolina García Sanz, Universidade de Sevilha
Inês Queiroz, Instituto de História Contemporânea — NOVA FCSH
Maria Inês Tato, Universidade de Buenos Aires
Teresa Nunes, Instituto de História Contemporânea — NOVA FCSH / Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
António Paulo Duarte, Instituto de História Contemporânea — NOVA FCSH / Instituto da Defesa Nacional
Sérgio Rezendes, Instituto de História Contemporânea — NOVA FCSH

 

Comissão de Honra

Susana Goulart Costa, ex.ª Diretora Regional da Cultura
Carlos Henrique Lopes Rodrigues, ex.º Presidente da Câmara Municipal de Vila do Porto
José António Croca Favinha, ex.º Comandante da Zona Marítima dos Açores
Vítor Manuel Meireles dos Santos, ex.º Comandante da Zona Militar dos Açores

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