Quinta-feira, 28 de Março de 2024
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2º Encontro do Grupo PPC do CRIA: Desafios do ‘turístico’ na atualidade

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Portugal

Chamada para trabalhos, Ciências Humanas e Sociais, Comunicação, Cultura, Turismo, Urbanismo

O 2º Encontro do Grupo Práticas e Políticas da Cultura (PPC) do Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA) acontece no dia 25 de outubro de 2017, em Lisboa. O evento pretende explorar a complexidade e a pluralidade de práticas sociais e culturais associadas ao ‘turístico’. Os investigadores interessados em submeter resumos, em português ou inglês, têm até 15 de junho.

Eixo Temático

O papel estratégico que o turismo tem conquistado nos discursos e projectos políticos de desenvolvimento, tanto a nível nacional como local, coloca desafios vários ao seu estudo, sobretudo no quadro das ciências sociais e humanas. Com a consolidação de uma área de estudos de base interdisciplinar (cruzando áreas como a antropologia, a sociologia, a geografia, a história, a economia, os estudos culturais, os estudos urbanos, entre outras), as conceções substancialistas de ‘turismo’ têm vindo a perder terreno, a favor de abordagens que sublinham o carácter fluido e instável do ‘turístico’ para adotar o ponto de vista dos atores sociais, das práticas e dos próprios lugares – concebidos como palcos ou locais de encontro e penetração de subjetividades, espaços, mobilidades, domicílios (dwellings), corpos e performances.

Para trás ficam as abordagens externas ao turismo, que estudavam os seus ‘impactos’ sobre comunidades locais, implicando-o em estruturas e sistemas normativos mais amplos e abstratos, tais como a modernidade e o capitalismo. Os atuais entendimentos desenvolvidos a partir de ‘dentro’ arriscam-se, porém, a produzir microanálises que, apesar de descritivamente ricas e historicamente situadas, encontram difícil tradução no debate público sobre a ‘turistificação’ de lugares e práticas, muito centrado em questões como a ‘gentrificação’, a ‘patrimonialização’, a ‘sustentabilidade’, a precarização laboral, ou a conflitualidade entre turistas e locais.

Como corrigir esta tendência sem perder de vista os avanços teóricos alcançados? Como mobilizar conceitos como ‘prazer’, ‘imersão’, ‘práticas incarnadas’, ‘experiência’ sem os colocar ao serviço de discursos repetitivos e vazios? Ou seja, como produzir um conhecimento sobre ‘o turístico’ que seja simultaneamente concreto, expressivo, dinâmico e socialmente relevante?

Mais informações através do e-mail de Inês Lourenço: ines.lourenco@iscte.pt e na página do CRIA.
 

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